Empresas de saúde listadas em bolsa aceleram aquisições

13.07.2021

De janeiro a 10 de julho, operações somaram R$ 6,3 bilhões – em todo ano passado foram R$ 8 bi

Por Beth Koike, Valor PRO — São Paulo

O setor de saúde, que passa por uma consolidação desde 2018, está mais aquecido neste ano. Entre janeiro e 10 de julho, companhias com capital aberto movimentaram R$ 6,3 bilhões em fusões e aquisições, em especial, de hospitais e operadoras de planos de saúde. Deste montante, R$ 4,2 bilhões vieram de três grupos de saúde que estrearam na bolsa de valores recentemente — Rede D’Or, Dasa e Mater Dei.

No ano passado todo, os negócios somaram cerca de R$ 8 bilhões, considerando as empresas listadas em bolsa. Em 2019, o montante chegou a R$ 10 bilhões, mas metade desse valor refere-se a uma única transação, a compra da São Francisco Saúde pela Hapvida.
Segundo a consultoria Deloitte, o setor de saúde registrou, no acumulado deste ano, até 10 de julho, 104 transações de compra e venda. A lista inclui empresas que não negociam ações na B3, startups e farmacêuticas, mas a maior parte é de ativos ligados à prestação de serviços de saúde. Neste ano, os maiores cheques foram para aquisições de hospitais e operadoras verticalizadas de saúde.
A NotreDame Intermédica pagou R$ 1 bilhão pelo Centro Clínico Gaúcho, operadora de Porto Alegre com uma ampla rede própria. A Rede D’Or desembolsou R$ 382 milhões para ficar com 51% do hospital mineiro Biocor e entrar na praça do Mater Dei. A rede mineira, por sua vez, adquiriu o Hospital Porto Dias, no Pará, numa transação de R$ 1,3 bilhão (R$ 800 milhões em dinheiro e o resto em ações). A Dasa assinou dois cheques gordos para fincar o pé em Salvador, praça mais rentável do Nordeste. Lá comprou o Hospital da Bahia e a rede de clínicas oncológicas Amo por R$ 850 milhões e R$ 750 milhões, respectivamente.

Fonte: Valor Investe

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