Presidente do Banco Central destaca importância do cooperativismo na retomada econômica pós-pandemia

26.11.2020

Dados sobre crescimento de crédito foram apresentados no 4º Painel Cooperativismo Financeiro realizado pelo Sicoob Engecred

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, destacou nesta quarta-feira (25) a importância do cooperativismo financeiro durante o período desafiador da pandemia da covid-19 e para a retomada econômica. “O cooperativismo não deixou a desejar em nenhum momento. Está perto do cliente, entendendo seu modelo de negócio, o que permite ajudar a navegar melhor nos momentos de incerteza”, afirmou.

Segundo dados apresentados por Campos Neto, no último ano, o cooperativismo teve crescimento de 48,5% na carteira de crédito de pessoas jurídicas, quase o dobro do crescimento observado no setor financeiro em geral, de 26,5%. “O cooperativismo no Brasil tem a função de agente de inclusão porque tem capilaridade, promove inclusão financeira e está presente, também, em locais menos urbanizados. A gente entende que ainda tem um campo de atuação enorme para o cooperativismo com potencial para triplicar a carteira”, avalia Roberto Campos Neto.

Cooperativismo na Agenda BC#

Roberto Campos Neto também falou sobre os projetos do BC em diferentes segmentos de atuação, destacando a inclusão, competitividade, transparência e educação. Quando o assunto é inclusão, o BC vem trabalhando ações e entregas de apoio ao cooperativismo visando uma organização sistêmica e efetividade de governança, como assembleias virtuais, modernização do conceito de área de admissão, política para área de atuação, além do fomento de atividades e negócio.

Entre as inovações realizadas pelo BC, que também alcançam as cooperativas financeiras, Campos Neto destacou o open banking e o PIX, sistema de pagamentos instantâneos.

Participações

O 4º Painel Cooperativismo Financeiro, mediado pelo jornalista Vicente Nunes, contou também com a participação do diretor-presidente do Centro Cooperativo Sicoob (CCS), Marco Aurélio Almada, e do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, especialmente convidados para debaterem o tema central ‘Incluir, cooperar e inovar – alternativas para o crescimento em um ambiente de inovação e sustentabilidade na retomada econômica’.

Na oportunidade, José Carlos Martins destacou a similaridade entre o perfil das empresas e produtos da indústria da construção quando comparado ao perfil do agronegócio e que aponta para boas expectativas com as soluções oferecidas pelo cooperativismo. “O agro se desenvolveu muito fortemente em cima do modelo cooperativo e pensamos que a indústria da construção também pode trabalhar assim. Nosso modelo de crédito é mais detalhado, mais complexo; é preciso ter proximidade com o cliente. Ninguém melhor que o sistema cooperativo para ter esse entendimento”, afirmou.

Diretor-presidente do Centro Cooperativo Sicoob (CCS), Marco Aurélio Almada falou que as cooperativas do Sicoob estão prontas para apoiar o crescimento sustentável do País e a se reinventar para atender as necessidades do empreendedorismo. Segundo afirmou, o cooperativismo sempre se posicionou de forma desafiadora dentro do sistema financeiro nacional, e tem sido capaz de estimular, por meio do seu crescimento, uma melhor precificação de produtos e serviços financeiros. Com o surgimento de outros modelos de negócios, o cooperativismo busca se reinventar diante das novas tecnologias.

“Estamos entendendo como a indústria financeira se ajusta a partir dessas novidades para sermos um agente que participa das mudanças. Já aderimos ao PIX e estamos atentos a outras inovações para que o cooperativismo continue inovando de forma acelerada e em sintonia com as modernizações do sistema financeiro para oferecer produtos e serviços cada vez melhores aos nossos cooperados”, destacou Almada.

Fonte: Portal do Cooperativismo Financeiro

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