Ramo Crédito mantém ritmo de crescimento, mesmo em tempos de crise
Belém (23/3) – Diante do aumento nas taxas de juros e de retração na concessão de crédito no Brasil, as cooperativas de crédito têm desempenhado papel fundamental no cenário econômico. A perspectiva é de que o segmento influencie ainda mais a economia brasileira nos próximos anos devido à estabilidade financeira e juros mais atrativos para os associados.
Dados do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) comprovam que, em 2014, as cooperativas cresceram 20,5% em depósito, enquanto o Sistema Financeiro Nacional (SFN) evoluiu apenas 2,6%. Em operações de crédito, as cooperativas se destacaram com crescimento de 12,9% contra 7,9 do SFN.
Com as medidas de contensão do governo federal, os bancos foram afetados diretamente, enquanto as cooperativas de crédito, por não serem entidades com fins lucrativos, ficaram alheias a essa sobrecarga, o que beneficia diretamente os cooperados.
“Essa é a grande vantagem do cooperativismo de crédito. Na crise mais recente que atingiu a Europa, por exemplo, as cooperativas do setor resistiram muito bem enquanto bancos quebraram ou faliram”, explica o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
“Além dos mesmos serviços que os bancos convencionais disponibilizam, as cooperativas fazem um rateio do excedente no final do ano com todos os cooperados. No ano passado, o volume de sobras da minha cooperativa superou os R$ 5 milhões. Então é um valor bem significativo. Que outro banco faz isso?”, conta o médico e deputado estadual, Eduardo Costa, cooperado da Unicred Belém.
As cooperativas de crédito oferecem todos os serviços de uma rede bancária, tais como conta corrente, poupança, financiamentos, convênios (arrecadações), consórcios, seguros, câmbio, cartões de crédito, caixas eletrônicos. Além disso, o associado recebe um atendimento personalizado, com prazos e condições mais adequados para a concessão do crédito.
Fonte: OCB