Redução do home office busca retomar troca de conhecimentos

03.03.2023

Com o amplo avanço da vacinação e a diminuição dos casos de Covid-19, muitas empresas já consideram a possibilidade de retornar ao trabalho presencial e abandonar de vez o home office.
No entanto, depois de terem se acostumado com o trabalho remoto, a volta ao escritório pode proporcionar um misto de emoções para funcionários e colaboradores, que contaram com mais flexibilidade durante os últimos anos.
Vale lembrar que a pandemia não está completamente controlada, o que gera possibilidade de novas ondas de infecção e preocupações em relação à segurança dos funcionários. Nesse contexto, é importante refletir sobre as vantagens e desvantagens do retorno ao trabalho presencial, planejando essa transição com cautela para garantir o bem-estar dos colaboradores e a continuidade dos negócios.
De acordo com Rica Mello, gestor de pessoas, palestrante e empreendedor em diversas áreas de atuação, o principal ponto que suporta a volta ao trabalho presencial é o contato com a cultura das empresas. “Por mais que isso esteja enraizado em alguns funcionários, é preciso que a cultura organizacional seja frequentemente reforçada, o que acontece com mais facilidade presencialmente. Novos colaboradores, por exemplo, podem estar há anos sem esse contato inicial com a cultura da corporação, dificultando o fortalecimento da relação entre empresa e trabalhador”, pontua.
Para o gestor, esse retorno também serve para coibir a possibilidade de alguém atuar em dois empregos diferentes. “Com o trabalho remoto, o monitoramento da carga horária e das atividades realizadas pelo colaborador é mais difícil de ser feito. Se, realmente, houver essa jornada dupla, o acúmulo de funções pode comprometer a qualidade do trabalho, afetando a eficiência do profissional e os resultados da empresa”, relata.
Para Rica Mello, a produtividade segue como um dos pontos cruciais para que gestores optem pela volta ao trabalho presencial. “Querendo ou não, o home office dificulta a resolução de pequenas questões com agilidade. Na maioria das vezes, em projetos com muitas pessoas, é preciso marcar reuniões com a equipe toda para realizar alguma atividade. Quando todos estão presentes no escritório, fica mais fácil administrar a relação com cada um e conversar individualmente sobre alguns pontos a serem avaliados ou modificados. Em muitos casos, o trabalho presencial pode melhorar muito os resultados das empresas”, revela.
Ainda assim, é preciso que exista um incentivo para que esse retorno não desmotive os colaboradores. “Os gestores precisam mostrar transparência nesse momento, garantindo alguma previsibilidade para os próximos meses para esses funcionários. Por exemplo, se a intenção é a volta ao escritório em dois ou três dias da semana, é importante deixar isso claro e garantir que esse número de dias será respeitado ao longo do ano, evitando que os trabalhadores mostrem insatisfação provocada por mudanças repentinas”, declara.
Os eventos sociais e as confraternizações têm um papel fundamental na conexão entre líderes e seus colaboradores. “Isso porque, quando existe essa união em momentos não relacionados ao trabalho, a relação dentro do escritório é estreitada e, sem dúvidas, trará bons frutos para o crescimento da empresa e seus funcionários”, finaliza o palestrante.

Fonte: Diário do Comércio

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